A associação Fragas Aveloso surge num contexto em que a valorização da memória histórica dos feminismos requer uma pluralidade de vozes de mulheres ligadas não só aos meios urbanos, mas de forma especial aos meios rurais. Fruto da desertificação das regiões do interior são as mulheres que mais permanecem, assegurando o cultivo de terras numa agricultura de subsistência. São elas também que são portadoras de histórias de vida onde se inserem várias dimensões: a comunitária com partilhas e conflitualidades, a dimensão pessoal e familiar com poderes diferenciados geradores de discriminações, a dimensão histórica pela memória de laços ancestrais que tanto podem ser emancipatórios como cerceadores da evolução dos tempos.
Deste modo, a associação Fragas Aveloso em parceria com associações que trabalham os registos de carácter antropológico de várias aldeias desta região, como é o caso da associação Aldeias de Magaio, e associações que trabalham as questões da Memória e Feminismos, como a UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta, está a programar o desenvolvimento de atividades de ligação às mulheres destes meios rurais, que permitam a valorização das suas histórias de vida e analisar os conteúdos dos seus discursos numa perspetiva de evolução de mentalidades e de atitudes nos últimos 40 anos em Portugal.
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